antonio virgilio on Sat, 30 Aug 2003 13:05:21 +0200 (CEST)


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[nettime-lat] PERFIL DO POETA ANTONIO VIRGILIO DE ANDRADE


 
Poeta/Escritor Antonio Virgilio de Andrade nació en Pernambuco Brasil; residió en Río de Janeiro, Sao Paulo, y hoy mismo vive en Brasilia. Con el advenimiento de Internet, su literatura pasó a ser apostada en varios ranchos literarios en idioma portuguesa y española, donde imprime Cuentos, Crónicas, Poesías y Ensayos.

En su preemisora carrera literaria, fue seleccionado por el ENTREPAÑO BRASILEÑO NUEVOS TALENTOS para representar en CATÁLOGO BRASILEÑO DE POESÍA COETÁNEA. Recibió cita honorabilísima del Centro Cultural de Aricanduva - Sao Paulo; premiación en VII COMPETICIÓN INTERNACIONAL LITERARIO DE OTOÑO, premiación en VI COMPETICIÓN DE CUENTOS, promovido pela Revista PUNTO DE VISTA.

BIBLIOGRAFÍA: 

Colecciones poéticas: ANDRADE's POÉTICA GENEAL ANTOLOGÍA, ADOLESCER DOS GIRASOLES, FRACTALS, RASTILLÓ DE PROSAS. 

Cuentos: CAZADA AO PIRA-BRASÍLIA, AGUA SOMERA NO CORRIENTE FONDO y,  LE PRÍNCIPE QUE ABATIÓ DO CIELO. 

Crónicas: CRÓNICAS DO COTIDIANO Y DO BURRADA. 

Romance: OINOTNA, LE ÚLTIMO ERMITAÑO. 

Participaciones: 1° ANTOLOGÍA - Centro Cultural de Aricanduva/São Paulo, y 6° ANTOLOGÍA - Entrepaño Brasileño Nuevo Talentos.

 Suya obra puede ser adehesada en las Editoras electrónica: 

 http://www.ebooksbrasil.com/

http://www.mlopesebooks.hpg.ig.com.br/infantil1.htm

http://virtualbooks.terra.com.br/

http://www.ngarcia.org/nel/biblioteca/biblioteca.html

http://www.ebookcult.com.br/

http://geocities.yahoo.com.br/virgiliodeandrade/index.html

 
SONETO A KRACORÉ



Kracoré é menino

 Kracoré menino índio

Kracoré vive na cidade

E o sistema sua história vai consumindo.

 

Kracoré chora por sua gente

Que foi expulsa para longe da floresta

Kracoré quer voltar

Tocar atabaque e fazer festa.

 

Kracoré é inteligente

Sabe contar dinheiro e miçangas vender

Mas Kracoré é triste: Kracoré não sabe lê.

 

Kracoré é fura tráfego e vive não contra-mão

Mas se kracoré fosse a escola

Sua vida tomava outro rumo e direção.

 

 

 


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AMORIDADE

 

Se tivesse o dom da vida

Juro que te daria a eternidade para você me esperar.

Mas esse mundo gira, gira tão depressa

As estrelas mudam tanto de lugar; 

Que vou me contentando 

Só em ti olhar.

 

 

 

 


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CLAUDINHA E O MAR

Claudinha foi morar à beira mar.
Me deixou,
Como também me deixou Joana, Patrícia, Rosinha, Florinda e Alencar.
Alencar era um caro chato.
Chato, mas amigo.
Não sei o que essa trupe foi fazer no Ceará.
 
Por Claudinha quase perdi minha alegria.
Daqueles bons tempos, só restou nostalgia.
Seus olhos me olhando de soslaio,
fazia meu corpo vibrar e pernas tremer.
Quando me olhava, olhava com desejo.
Com o desejo de quem quer fruta com casca comer.
 
Ontem,Claudinha me ligou.
Ligou não, mandou um e-mail.
Poetisa de mão cheia,
Sempre gostou de me provocar com o lirismo de sua veia.
Às vezes penso que Claudinha deveria ser atriz.
Se assim fosse, pelo cristal da telinha, poderia desnudar sua fogosa e generosa formosura.
Mas Claudinha nunca quis. Diz que ser poetisa é o que a faz tesuda.
 
Tesuda, para quem tem um coração tão grande como Claudinha, devo dizer que é pouco
Ela é um poço de alegria e candura.
Quem saiu perdendo fui eu
Perdi a insoiração e a musa.
 

 


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ALUCINAÇÃO

 

Trajando intrigas do diário da notícia

descortino o semblante angelical

besuntado de máscara facial e pepino ocular.

 

Ela é orgasmo nacional 

Boca, seios, pernas e sexo globalizado,

Alucinógeno de felicidade na sarjeta do cotidiano.

 

 

 


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TrABAGICO

A luz matutina vasa a cortina
Da janela
Do quarto.
 
Revelando um envelhecido rosto
No cristalino
Do espelho.
 
Minha alma vive a me assombrar com fotografias
A se consumir
Em febre terçã.
 
Sob o manto do alcatrão a pele exala
Odor
Cinzeiro.
 
Na mesa posta já não encontro aroma
Café da manhã
Teu cheiro.

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